quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Frágil Caniço

A voraz opinião de que tudo dará certo faz com que a decepção seja bem maior. Não seria mais sensato e saudável pensar que vivemos sob vieses dos quais não temos controle, e que estes irão, tardiamente ou não, nos afetar? Entender a fragilidade e limitação do ser homem não é melhor do que viver a infame idéia de super-homem? (e que não me refiro a nietzsche)

Ter carros, casas e bom plano de saúde não o privará da dor da perda, do questionamento de valor ou da nulidade dos argumentos perante o fim inevitável. Iludir-se é um placebo de fim amargo, e melhor é conscientizar-se de que somos, falando como Pascal, um frágil caniço. Frágil, porém consciente da sua fragilidade... Eis o trunfo do pensante.

Não é a morbidez de pensamento, nem o assustador pessimismo que levar-nos-á a algum lugar. O que disponho em poucas linhas é que somos humanos. Limitados, finitos, frágeis e falhos. E que o conjunto que isso tudo nós revela deveria fazer de nós mais serenes, não mais neuróticos em adquirir o próximo novo que será lançado...

E eis o que dispus-me a escrever. Leia-o como quiseres...

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